terça-feira, 22 de março de 2016

A morte de Moisés


A Carta aos Hebreus (11, 23-29) louva Moisés e proclama sua fé. Assim, ele é tido como justo, servidor de Deus.

Vale a pena ler o elogio a esse homem santo: "Pela fé, Moisés, recém-nascido, foi ocultado durante três meses por seus pais, que viram a beleza do bebê e não temeram o decreto do rei. Pela fé, Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó. Ele preferiu tomar parte nos sofrimentos do povo de Deus a desfrutar as delícias passageiras do pecado. Tinha por maior riqueza enfrentar desonra como Cristo do que os tesouros do Egito, pois fixava os olhos na recompensa futura. Foi pela fé que Moisés deixou o Egito, sem medo das iras do rei, e permaneceu firme em seu propósito, como se visse o invisível. Foi pela fé que celebrou a Páscoa e fez a aspersão com o sangue, para que o Exterminador poupasse os primogênitos de Israel. Foi pela fé que atravessaram o Mar Vermelho como terra firme...".

Há outro elogio nas escrituras dedicado a Moisés: "(Deus) fez sair de Jacó um homem de bem, que gozou favor aos olhos de todos, amado de Deus e dos homens, Moisés, cuja memória é abençoada. Concedeu-lhe glória igual à de seus anjos (...) Por causa de sua fidelidade e brandura, Deus o consagrou (...), deu-lhe, face a face, os mandamentos e uma lei de vida e inteligência, para ensinar Suas prescrições a Jacó, Seus decretos a Israel" (Eclo 45, 1-6).

O autor das linhas finais do Livro do Deuteronômio recorda que "Moisés, servo de Deus, morreu lá, no país de Moab, conforme o oráculo do Senhor. Foi sepultado no vale, no país de Moab, em frente a Fegor. Ninguém soube de seu sepulcro até hoje (...) Não mais surgiu em Israel profeta igual a Moisés, ele que o Senhor conhecia face a face..." (Dt 34, 5-10).

Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus - Pe. Paiva, SJ

segunda-feira, 21 de março de 2016

Buscai primeiro



Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça
e tudo o mais vós será acrescentado. Aleluia, aleluia!

Não só de pão o homem viverá, mas de toda a palavra
que procede da boca de Deus. Aleluia, aleluia!

Se vos perseguem por causa de mim, não esqueçais o porque:
não é o servo maior que o senhor. Aleluia, aleluia!

Quer comais, quer bebais, quer passais qualquer coisa,
tudo fazei para a glória de Deus. Aleluia, aleluia!

quinta-feira, 10 de março de 2016

Quinto Mandamento


"Deus é o autor da vida, é o criador do ser humano e só a ele cabe o direito e o poder de dar e tirar a vida" (Jó 12, 10)

A vida é o dom supremo oferecido por Deus ao ser humano. Só depois de existir, de estar vivo, é que se pode receber todos os demais dons, graças, bênçãos e a própria vida eterna.

Eis o espírito deste mandamento: amar e valorizar o dom da vida que se recebeu, e aquela que é vivida por todo ser humano, desde sua concepção até a eternidade.

A vida humana é sagrada porque encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida. Assim, ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de se destruir ou destruir outro ser humano.

Devemos considerar que a vida humana é eterna. Ela tem início no útero materno, é vivida por um período na terra, mas depois, a partir da morte, se projeta na eternidade. Portanto, quem a recebeu deve valorizá-la como um dom maior.

Este mandamento de amor à vida inclui: valorizar a vida, cuidar da saúde, curar enfermidades, defendê-la, não colocar-se em risco desnecessário, etc. Exclui: suicídio, homicídio, aborto, eutanásia, mutilações, maus tratos, violência, tortura física, moral, psicológica e espiritual, etc.

Desde a concepção a criança tem o direito à vida. O aborto é uma "prática infame" gravemente contrária à lei moral. O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador.

A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui também um assassinato.

O suicídio consciente é gravemente contrário à justiça, à esperança e à caridade, e proibido pelo quinto mandamento.

(Pe Alírio J. Pedrini, scj)

quarta-feira, 2 de março de 2016

O Dom da Piedade


Gosto de iniciar nossa reflexão com citações da catequese do Papa Francisco, no Vaticano. Veja o que ele diz sobre o dom da piedade: "Este dom não está relacionado com 'ter compaixão de alguém' ou 'ter piedade do próximo'; pelo contrário, indica a pertença do cristão a Deus, a sua ligação profunda com Ele". Essa nossa ligação é o que faz com que nossa vida tenha sentido e o que ajuda cada pessoa a manter-se firme "mesmo nos momentos difíceis e conturbados".

A partir de anúncio, fica claro que o dom da piedade brota da gratidão. Surge no coração do cristão que mantém uma relação de amizade com o Senhor. Assim, podemos dizer que o dom da piedade gera em nós uma amizade com Deus, que muda a nossa vida e nos enche de entusiasmo e alegria.

Esse dom suscita em nós a gratidão e o louvor. Piedade, então, é sinônimo de "Autêntico espírito religioso e intimidade filial com Deus".

Assim, devemos saber que a nossa amizade e intimidade com Deus, por meio da piedade, deve nos levar a dirigir essa amizade, transformada em amor, ao próximo. "A piedade nos torna capaz de amar a Deus e reconhecê-lo no próximo", amando-o como ao próprio Cristo.

Ainda no dizer do Papa, não podemos confundir piedade com "pietismo". Ter piedade não é fechar os olhos, fazer cara de imagem, fazer de conta que é um santo. Não. O dom da piedade significa alegrar-se com quem está alegre, de chorar com quem chora. É estar próximo de quem está sozinho ou angustiado, de corrigir quem está no erro, de consolar quem está aflito, de acolher e socorrer quem está precisando.  Ele nos leva a amar o que é de Deus: a oração, a santa missa, a vida sacramental, a adoração ao Santíssimo Sacramento, a oração do Terço e o desejo de pregar e testemunhar a Palavra de Deus.

(Pe. Adilson Ulprist)