Não me perguntes por que, na verdade, na árvore subi,
só sei que nunca me arrependi.
Não me perguntes que cor tinham os olhos de Jesus,
só sei que penetrou-me até os ossos.
Não me perguntes se era baixo ou alto,
só sei que repreendeu, com amor, os meus atos.
Não me perguntes se eram compridos seus cabelos,
só sei que que nunca vou esquecê-lo.
Não me perguntes se morena era sua pele,
só sei que seu jeito de ser nunca fere.
Não me perguntes que cor era seu manto,
só sei que era nobre e santo.
Não me perguntes se sua voz era suave e bela,
só sei que tudo nele puro amor revela.
Não me perguntes por que da árvore para descer me chamou,
só sei que naquele momento meu coração de alegria vibrou.
Não sei por que na minha casa quis entrar,
só sei que para sempre minha vida fez mudar.
Não sei por que de minha mesa quis comer,
só sei que, ao repartir os meus bens, o céu quis me devolver.
Não sei por que tudo isso a mim aconteceu,
só sei que seu coração de mim se compadeceu.
(Irmã Fátima Aparecida Frisanco, ASCJ)
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