sexta-feira, 1 de julho de 2016

Nono Mandamento


A mística deste mandamento está,como em todos os outros, no amor. O amor só quer e só faz o bem. O amor jamais admite destruir um matrimônio, um lar, uma família, pela sedução e conquista da esposa ou do marido do próximo, que é irmão.

Porque a "carne é fraca", o Pai celeste propõe este mandamento como um indicativo especial para que haja todo cuidado sobre as possíveis tentações que possam surgir no coração, em relação à esposa ou ao marido de outro casal.

Quantos lares desfeitos, quantos sofrimentos familiares, quantos filhos, esposas ou maridos traumatizados, por causa da queda nesta tentação. É por grande amor grande amor para com os casais e para com seus filhos que Deus nos dá este mandamento.

A cobiça da esposa ou do marido do casal próximo pode ser uma tentação de momento, porque os desejos carnais estão sempre presente nas pessoas de ambos os sexos. Quando a pessoa tentada de cobiça cultiva a castidade, ela reage de imediato contra a tentação e consegue guardar a castidade dos desejos. A cobiça do marido ou da esposa do próximo se torna fato consumado quando o tentado não é casto, não tem um firme amor para com o seu cônjuge, ou é uma pessoa que tem fraqueza moral ou hábitos adulterinos e encontra alguém que também não tem autodomínio e, por isso, quando dois querem, o adultério acontece.

O nono mandamento adverte contra a cobiça ou concupiscência carnal. A luta contra a cobiça carnal passa pela purificação do coração e a prática da temperança.

A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite, desde já, ver todas as coisas segundo Deus. A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar. A pureza do coração exige o pudor que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.

(Pe. Alírio J. Pedrini, scj)