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terça-feira, 12 de março de 2019

Oração, Jejum e Caridade

 
Queridos irmãos e irmãs!

Todos os anos, por meio da Mãe Igreja, Deus “concede aos seus fiéis a graça de se prepararem, na alegria do coração purificado, para celebrar as festas pascais, a fim de que (...), participando nos mistérios da renovação cristã, alcancem a plenitude da filiação divina”. Assim, de Páscoa em Páscoa, podemos caminhar para a realização da salvação que já recebemos, graças ao mistério pascal de Cristo: “De fato, foi na esperança que fomos salvos” (Rm 8, 24).

Este mistério de salvação, já operante em nós durante a vida terrena, é um processo dinâmico que abrange também a história e toda a criação. São Paulo chega a dizer: “Até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus” (Rm8, 19).

Nesta perspectiva, gostaria de oferecer algumas propostas de reflexão, que acompanhem o nosso caminho de conversão na próxima Quaresma.


A redenção da criação

A celebração do Tríduo Pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, ponto culminante do Ano Litúrgico, sempre nos chama a viver um itinerário de preparação, cientes de que tornar-nos semelhantes a Cristo (cf. Rm 8, 29) é um dom inestimável da misericórdia de Deus. 

Se o homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, que se deixa guiar pelo Espírito Santo (cf. Rm 8, 14), e sabe reconhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela lei gravada no seu coração e na natureza, beneficia também a criação, cooperando para a sua redenção. Por isso, a criação – diz São Paulo – deseja de modo intensíssimo que se manifestem os filhos de Deus, isto é, que a vida daqueles que gozam da graça do mistério pascal de Jesus se cubra plenamente dos seus frutos, destinados a alcançar o seu completo amadurecimento na redenção do próprio corpo humano.

Quando a caridade de Cristo transfigura a vida dos santos – espírito, alma e corpo –, estes rendem louvor a Deus e, com a oração, a contemplação e a arte, envolvem nisto também as criaturas, como demonstra admiravelmente o “Cântico do irmão sol”, de São Francisco de Assis. Neste mundo, porém, a harmonia gerada pela redenção continua ainda – e sempre estará – ameaçada pela força negativa do pecado e da morte.

A força destruidora do pecado

Com efeito, quando não vivemos como filhos de Deus, muitas vezes adotamos comportamentos destruidores do próximo e das outras criaturas – mas também de nós próprios –, considerando, de forma mais ou menos consciente, que podemos usá-los como bem nos apraz. Então sobrepõe-se a intemperança, levando a um estilo de vida que viola os limites que a nossa condição humana e a natureza nos pedem para respeitar, seguindo aqueles desejos incontrolados que, no livro da Sabedoria, se atribuem aos ímpios, ou seja, a quantos não têm Deus como ponto de referência das suas ações, nem uma esperança para o futuro.

Se não estivermos voltados continuamente para a Páscoa, para o horizonte da Ressurreição, é claro que acaba por se impor a lógica do tudo e imediatamente, do possuir cada vez mais.

Como sabemos, a causa de todo o mal é o pecado, que, desde a sua aparição no meio dos homens, interrompeu a comunhão com Deus, com os outros e com a criação, à qual nos encontramos ligados antes de mais nada através do nosso corpo. Rompendo-se a comunhão com Deus, acabou por falir também a relação harmoniosa dos seres humanos com o meio ambiente, onde estão chamados a viver, a ponto de o jardim se transformar num deserto (cf. Gn 3, 17-18). Trata-se daquele pecado que leva o homem a considerar-se como deus da criação, a sentir-se o seu senhor absoluto e a usá-la, não para o fim querido pelo Criador, mas para interesse próprio em detrimento das criaturas e dos outros.

Quando se abandona a lei de Deus, a lei do amor, acaba por se afirmar a lei do mais forte sobre o mais fraco. O pecado – que habita no coração do homem (cf. Mc 7, 20-23), manifestando-se como avidez, ambição desmedida de bem-estar, desinteresse pelo bem dos outros e muitas vezes também do próprio – leva à exploração da criação (pessoas e meio ambiente), movidos por aquela ganância insaciável que considera todo o desejo um direito e que, mais cedo ou mais tarde, acabará por destruir inclusive quem está dominado por ela.

A força sanadora do arrependimento e do perdão

Por isso, a criação tem impelente necessidade que se revelem os filhos de Deus, aqueles que se tornaram “nova criação”: “Se alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo passou; eis que surgiram coisas novas” (2Cor 5, 17).

Com efeito, com a sua manifestação, a própria criação pode também “fazer páscoa”: abrir-se para o novo céu e a nova terra (cf. Ap 21, 1). E o caminho rumo à Páscoa chama-nos precisamente a restaurar a nossa fisionomia e o nosso coração de cristãos, através do arrependimento, a conversão e o perdão, para podermos viver toda a riqueza da graça do mistério pascal.

Esta “impaciência”, esta expectativa da criação ver-se-á satisfeita quando se manifestarem os filhos de Deus, isto é, quando os cristãos e todos os homens entrarem decididamente neste “parto” que é a conversão. Juntamente conosco, toda a criação é chamada a sair “da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus” (Rm 8, 21).

A Quaresma é sinal sacramental desta conversão. Ela chama os cristãos a encarnarem, de forma mais intensa e concreta, o mistério pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente através do jejum, da oração e da esmola.

Jejuar, isto é, aprender a modificar a nossa atitude para com os outros e as criaturas: passar da tentação de “devorar” tudo para satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração.
Orar, para saber renunciar à idolatria e à autossuficiência do nosso eu, e nos declararmos necessitados do Senhor e da sua misericórdia.
Dar esmola, para sair da insensatez de viver e acumular tudo para nós mesmos, com a ilusão de assegurarmos um futuro que não nos pertence.

E, assim, reencontrar a alegria do projeto que Deus colocou na criação e no nosso coração: o projeto de amar a Ele, aos nossos irmãos e ao mundo inteiro, encontrando neste amor a verdadeira felicidade.Queridos irmãos e irmãs, a “quaresma” do Filho de Deus consistiu em entrar no deserto da criação para fazê-la voltar a ser aquele jardim da comunhão com Deus que era antes do pecado das origens.

Que a nossa Quaresma seja percorrer o mesmo caminho, para levar a esperança de Cristo também à criação, que “será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus” (Rm 8, 21). Não deixemos que passe em vão este tempo favorável! Peçamos a Deus que nos ajude a realizar um caminho de verdadeira conversão. Abandonemos o egoísmo, o olhar fixo em nós mesmos, e voltemo-nos para a Páscoa de Jesus; façamo-nos próximos dos irmãos e irmãs em dificuldade, partilhando com eles os nossos bens espirituais e materiais. Assim, acolhendo na nossa vida concreta a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, atrairemos também sobre a criação a sua força transformadora.

Fonte: Folha Missionária - Março/2019 - Arquidiocese de Juiz de Fora

terça-feira, 11 de abril de 2017

Sete dores de Nossa Senhora


Aqui estão episódios tirados dos Santos Evangelhos. Eles formam o caminho de dores da Filha amorosa de Deus Pai sofrendo em sua alma padecimentos semelhantes aos da Paixão de seu Divino Filho.

Nada desse mundo serve de comparação para as dores que Ela sofreu junto a Jesus. Nenhuma criatura viveu com tanto amor essas dores. Também, só Ela pode ser chamada de corredentora! Só Ela pode ser chamada de Onipotência Suplicante!

Unamos nossas dores imperfeitas aos sofrimentos d’Ela. Considerando os padecimentos da Mãe Dolorosa, encontraremos ânimo para suportarmos as dificuldades de nosso dia a dia, teremos força para subirmos ao alto de nosso próprio Calvário.


Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora

A Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora relembra as principais dores que a Virgem Maria sofreu em sua vida terrena, culminando com a paixão, morte e sepultamento de Seu Divino Filho. E junto à Cruz que a Mãe de Jesus torna-se Mãe de todos os homens e do corpo Místico de Cristo: a Igreja Católica.
Unir-se às dores de Maria é unir-se também às dores de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No início reza-se o Creio, o Pai Nosso e 3 Ave-Marias.
Para cada dor de Maria deve-se rezar 1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.


Primeira Dor de Nossa Senhora
A apresentação de Jesus no Templo e a profecia de Simeão

Ao apresentar o Menino Jesus no Templo, Maria encontrou Simeão que proferiu a seguinte profecia: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma". (Lc 2, 34-35)

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

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Segunda Dor de Nossa Senhora
A fuga para o Egito

Após o nascimento de Jesus, o Rei Herodes quis matá-lo e, por causa disso, um anjo do Senhor apareceu a São José e disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise”. Obediente, José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito. (Mt 2, 13-14)

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

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  Terceira Dor de Nossa Senhora
A perda do Menino Jesus no Templo

Terminada a festa da Páscoa, o Menino Jesus ficou em Jerusalém sem que seus pais o percebessem. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. (Lc 2, 43-50)

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai

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Quarta Dor de Nossa Senhora
O encontro com Jesus no caminho do Calvário

Um dos momentos mais pungentes da Paixão é o encontro de Jesus com Sua Mãe no caminho do Calvário. As lágrimas que Maria derramou na ocasião, a troca de olhar com o Filho, a constatação das crueldades que Ele estava sofrendo, tudo causava imensa dor no Seu Coração de Mãe.

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai

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Quinta dor de Nossa Senhora
Maria fica de pé junto à Cruz de Jesus

Maria acompanhou de perto todo o sofrimento de Jesus na Cruz e assistiu de pé à sua morte: “junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena”. (Jo 19, 25)

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

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Sexta Dor de Nossa Senhora
Maria recebe o corpo de Jesus morto em seus braços

Nossa Senhora da Piedade, é assim que o povo católico invoca Maria nesse momento da Paixão. Depois “tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar.” (Jo 19, 40)

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos maternos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai

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Sétima Dor de Nossa Senhora
Maria deposita Jesus no sepulcro

O sepultamento de Seu Divino Filho foi a última dor que Maria sentiu durante a Paixão. “No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus.” (Jo 19, 41-42)

Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

1 Pai Nosso, 7 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai.

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ORAÇÃO FINAL:

Estava a Mãe dolorosa
Junto à Cruz, lacrimosa,
Da qual pendia o seu Filho.
Banhada em pranto amoroso,
Neste transe doloroso,
A dor lhe rasgava o peito.

Estava triste e sofria
Porque ela mesma via
As dores do Filho amado.

Quem não chora, vendo isto,
Contemplando a Mãe do Cristo
Em tão grande sofrimento?

Dai-me, ó Mãe, fonte de amor,
Que eu sinta a força da dor,
Para que eu chore contigo.

Fazei arder meu coração
Do Cristo Deus na paixão,
Para que eu sofra com Ele.
Quero contigo chorar
E a Cruz compartilhar,
Por toda a minha vida.

Por Maria, amparado,
Que eu não seja condenado
No dia de minha morte.

Ó Cristo, que eu tenha sorte,
No dia de minha morte
Ser levado por Maria.

E no dia em que eu morrer,
Fazei com que eu possa ter
A glória do Paraíso. Amém

(Excertos do famoso poema Stabat Mater, atribuído a Frei Jacopone de Todi, século XIII)


Privilégios para quem pratica essa devoção

Em revelação particular a Santa Brígida, devidamente aprovada pela Igreja, Nossa Senhora promete conceder sete graças para quem, cada dia, rezar sete Ave-Marias em honra das suas dores e lágrimas:

Eis as promessas:

Porei a paz em suas famílias;
Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios;
Serão consolados em suas penas e os acompanharei nas suas aflições;
Tudo o que pedirem lhes será concedido, contanto que nada se oponha à vontade adorável do Meu Divino Filho e à santificação das suas almas;
Irei defendê-los nos combates espirituais contra o inimigo infernal e serão protegidos em todos os instantes da vida;
Irei assisti-los visivelmente no momento da morte e verão o rosto da Sua Mãe Santíssima;
Obtive do Meu Filho que, os que propaguem esta devoção (às Minhas Lágrimas e Dores), sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois terão todos os seus pecados apagados e o Meu Filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

(Fontes:Texto - Arautos do Evangelho / Imagens - Thesaurus Precum)

sábado, 8 de abril de 2017

Conhecer bem a Semana Santa


A Semana Santa está inserida no Ciclo da Páscoa, que começa com a Quaresma e vai até a Festa de Pentecostes.

O ciclo se divide em 3 tempos: Quaresma / Semana Santa / Tempo Pascal

Quaresma

A Quaresma compreende a Quarta-feira de Cinzas e mais cinco domingos, como preparação para a Páscoa. É um tempo de penitência, jejum e oração. As leituras bíblicas são próprias para esse período de exame de consciência.

O quarto domingo é chamado Domingo da Alegria, quando nos lembramos que a Páscoa se aproxima.

Semana Santa

Depois começa a Semana Santa, com o Domingo de Ramos, quando relembramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

Na Segunda-feira Santa recordamos a prisão de Jesus.

Na Terça-feira Santa celebra-se as Sete Dores de Nossa Senhora.

Na Quarta-feira Santa celebramos a Procissão do Encontro do Senhor dos Passos com sua Mãe, Nossa Senhora das Dores.

Na sequência temos o Tríduo Pascal com a Quinta-feira Santa e a Instituição da Eucaristia, a Sexta-feira Santa com a Paixão e Morte de Jesus, e a Vigília Pascal, na madrugada do Domingo, quando celebramos a Ressurreição de Jesus.

Tempo Pascal 

Em seguida entramos no Tempo Pascal, que começa no Domingo de Páscoa e se estende por mais cinco domingos.

Depois celebramos o Domingo da Ascensão do Senhor e o Domingo de Pentecostes, fechando o Ciclo Pascal, que dura 14 semanas.

De todos os dias do ano, o Domingo de Páscoa é o dia mais importante para nós cristãos, pois, com sua ressurreição, Jesus vence a morte e nos garante a vida eterna. Esse dia se estende por mais 50 dias, até o Domingo de Pentecostes.


Historicamente, a ressurreição de Jesus é o acontecimento mais importante da humanidade, pois marca a redenção e a libertação do pecado da humanidade.

Celebrar a Semana Santa não significa simplesmente relembrar fatos passados da vida de Jesus. Não. É como se vivêssemos tudo novamente, como na celebração da Santa Missa.

E se celebramos com fé e devoção o Tríduo Pascal, recebemos um importante benefício espiritual: as Indulgências.

Durante o Tríduo Pascal ganhamos, para nós ou para os fieis defuntos, uma Indulgência Plenária se realizarmos uma das seguintes obras estabelecidas pela Santa Igreja:

Quinta-feira Santa: Se durante a exposição do Santíssimo, que se segue à Missa da Ceia do Senhor, recitamos ou cantamos o hino eucarístico "Tantum Ergo" (Tão sublime Sacramento). Se visitarmos, pelo espaço de meia hora, o Santíssimo Sacramento, exposto no altar para adoração.
Sexta-feira Santa: Se fizermos piedosamente a adoração da Cruz na celebração da Paixão do Senhor.
Sábado Santo: Se rezarmos o Santo Rosário.
Vigília Pascal: Se participarmos da celebração da Vigília Pascal (Sábado Santo) e nela renovarmos as promessas de nosso Santo Batismo.

Para recebermos a Indulgência Plenária, além de realizarmos as obras ou preceitos acima , é preciso cumprir as seguintes condições:
- Arrependimento sincero e Confissão Sacramental;
- Comunhão Eucarística;
- Oração pelas intenções do Papa.

Essas três condições podem ser cumpridas uns dias antes ou depois da execução da obra enriquecida com a Indulgência Plenária, mas convém que a comunhão e oração pelas intenções do Sumo Pontífice se realizem no mesmo dia em que se cumpre a obra. Ou seja, se você quer receber a indulgência plenária, para você ou para um ente querido, deve participar especificamente de uma das celebrações do Tríduo Pascal, comungar e rezar pelo Papa.

Tanto a confissão quanto a oração pelo Papa podem ser feitos na semana anterior ou posterior à celebração escolhida.

A oração pelo Santo Padre se cumpre com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria ou qualquer outra oração que o fiel desejar.

Hino Eucarístico

Tão Sublime Sacramento / adoremos neste altar /
pois o Antigo Testamento / deu ao Novo o seu lugar / 
Venha a fé / por suplemento / os sentidos completar. /

Ao Eterno Pai cantemos / e a Jesus o Salvador /
Ao Espírito exaltemos / na Trindade eterno amor /
Ao Deus Uno / e Trino demos / a alegria do louvor. /
Amém!


Fonte: Revista Brasil Cristão - Texto Cássio Abreu

quarta-feira, 1 de março de 2017

Caminhar com Cristo para a vida!

 

Quarta-feira de Cinzas
(Cor Litúrgica: Roxa)

Estamos iniciando o Tempo Litúrgico da Quaresma. O Senhor nos convida à conversão, para "rasgar o coração e não as vestes" e para voltar-se com mais fervor para Ele, nosso Deus (Leia a Profecia de Joel:  Jl 2, 12-18).

Aquele que nos chama à conversão é paciente, compassivo e misericordioso.

Em meio às preocupações e correria desenfreada de nossos dias, deixemos que o Espírito de Cristo nos toque profundamente e caminhemos firmes no caminho do Senhor.


Oremos:

Ó Deus todo-poderoso, ajudai-nos a viver
e a celebrar com dignidade o Tempo da Quaresma,
ajudai-nos, também, a caminhar para a vida nova
em Vosso Filho Jesus.
Dai-nos um coração generoso, acolhedor
e sempre pronto à prática do bem,
da justiça e da caridade.
Amém!
.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Salmo 90


Responsório (Sl 90)

— Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!
— Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!


Quem habita ao abrigo do Altíssimo
 e vive à sombra do Senhor onipotente,
 diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,
 sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.

Nenhum mal há de chegar perto de ti,
nem a desgraça baterá à tua porta;
pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos
para em todos os caminhos te guardarem.

Haverão de te levar em suas mãos,
para o teu pé não se ferir nalguma pedra.
Passarás sobre cobras e serpentes,
pisarás sobre leões e outras feras.

“Porque a mim se confiou,
hei de livrá-lo e protegê-lo,
pois meu nome ele conhece.
Ao invocar-me,
hei de ouvi-lo e atendê-lo,
e a seu lado eu estarei em suas dores”.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Quaresma - Tempo de grandes graças

Quaresma é um tempo riquíssimo em que o Pai derrama grandes graças sobre aqueles que procuram vivê-la em profundidade.

O Tempo da Quaresma originou-se daqueles 40 dias que Jesus passou no deserto em jejum e oração, antes de começar sua vida pública com força total. E ela tem o mesmo sentido para nós hoje. É um tempo de orações, de jejuns, de esforços que nos levam para Deus. Para quê? Para sermos cristãos mais fervorosos, libertos e cheios do Espírito Santo.

A Quaresma é um tempo de conversão. Converter-se é dar uma guinada, mudando a ordem das nossas prioridades. É colocar Jesus em primeiro lugar em nossa vida, em nossos pensamentos e em nossas atitudes. Se vivermos bem a Quaresma, ressuscitaremos com Cristo na Páscoa e seremos "outros Cristos" neste mundo.

Mesmo que já tenhamos uma vida correta, de oração, de caminhada com Jesus, de busca de santidade, sempre existe um ponto ou outro em nós que precisa de conversão.

Por essa razão, encaremos essa Quaresma como um convite que o Pai faz a cada um de nós. Ele nos convida a refletirmos sobre nossa vida e nossa conduta, para abraçarmos sua Vontade e seu plano de amor a nosso respeito.

Vamos dar "passos na fé"? Um passo muito importante na Quaresma é buscar o Sacramento da Confissão. É o segundo Mandamento da Igreja e está implícito no terceiro. Trata-se de um sacramento que abre as portas do nosso coração para as grandes bênçãos que o Pai quer nos dar.

E, esse texto foi feito para te ajudar a se preparar para uma boa confissão. Leia e procure colocá-lo em prática para que esse tempo de conversão produza frutos para a sua salvação. Deus abençoe!

Propósitos para viver uma Quaresma plena:

~> Silêncio: procure imitar o silêncio de Maria Santíssima. Se for falar mal de alguém, pare, pense e reze por esta pessoa ao invés de maldizê-la.

~> Oração pessoal: reserve um tempo do seu dia para sua oração pessoal. Leia e medite a Palavra de Deus para colocá-la em prática. Se for possível, prepare em sua casa um pequeno altar. Coloque um crucifixo e uma vela e, nesse ambiente, você poderá ter o seu encontro íntimo com Deus.

~> Via-sacra: reserve um dia da semana para meditar as estações da Via-Sacra, de preferência na sexta-feira.

~> Obras de misericórdia: Deus, em sua infinita misericórdia, nos deu seu filho único Jesus Cristo e o que Ele nos pede é que tenhamos um coração misericordioso: faça uma visita a um doente, um idoso, um órfão, ajude uma família necessitada doando alimentos, roupas, etc. Faça algo de bom por alguém.

~> Perdão: Quaresma é também tempo de reconciliação. Se você precisa dar ou receber o perdão, peça a Deus a graça de dar o primeiro passo nesse sentido.

~> Confissão: quem confessa os próprios pecados já está agindo em harmonia com Deus. Recomendo, incentivo e exorto você a buscar o perdão misericordioso de Deus. Você sentirá a diferença em sua vida, porque essa diferença é a graça e a bênção que vem junto com esse perdão. O importante é tomar consciência de tudo o que o Senhor deseja realizar em sua vida e se esforçar para não deixar a graça passar.

Fonte: folheto da Assossiação do Senhor Jesus