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terça-feira, 5 de abril de 2016

O Dom do Temor de Deus

 
Na última postagens sobre os dons do Espírito Santo, começo com uma citação do Papa Francisco sobre o Temor de Deus: "Este dom, não significa ter medo de Deus: sabemos bem que Deus é Pai, nos ama, quer a nossa salvação e sempre nos perdoa. Não há motivo para ter medo Dele! O temor de Deus é o dom do Espírito que nos recorda quanto somos pequenos diante de Deus e do seu amor, e que o nosso bem está em nos abandonarmos com humildade, respeito e confiança em suas mãos".

O Livro dos Provérbios nos recorda esta verdade: "O temor do Senhor é o princípio do saber" (Prov 1, 7). Por isso Jesus nos convida a sermos como crianças, para que, na sabedoria, que vem de Deus e na confiança que temos Nele, nos deixemos ser conduzidos por Ele.

Por outro lado, não podemos minimizar o temor de Deus. Não se trata de termos apenas respeito por Ele, embora o respeito faça parte desse dom, o temor a Deus deve nos levar a compreender o quanto Deus abomina o pecado e tudo o que fazemos que o desagrada.

Por isso, novamente, Cristo nos convida a sermos como crianças, quando tínhamos a orientação de nossos pais nos prevenindo de todos os males e perigos.

Isso acontece "quando o Espírito Santo faz morada em nosso coração, infunde em nós consolo e paz, e nos leva a nos sentirmos como somos, isto é, pequenos"; ou, como dito acima, como criança que coloca todas as preocupações e expectativas em Deus, sentindo-se envolvidos e apoiado pelo seu amor e proteção, como a criança com seu pai!

"Nesse sentido, compreendemos bem como o temor de Deus assume em nós a forma da docilidade, do reconhecimento e do louvor, enchendo o nosso coração de esperança".

(Pe. Adilson Ulprist)

quarta-feira, 2 de março de 2016

O Dom da Piedade


Gosto de iniciar nossa reflexão com citações da catequese do Papa Francisco, no Vaticano. Veja o que ele diz sobre o dom da piedade: "Este dom não está relacionado com 'ter compaixão de alguém' ou 'ter piedade do próximo'; pelo contrário, indica a pertença do cristão a Deus, a sua ligação profunda com Ele". Essa nossa ligação é o que faz com que nossa vida tenha sentido e o que ajuda cada pessoa a manter-se firme "mesmo nos momentos difíceis e conturbados".

A partir de anúncio, fica claro que o dom da piedade brota da gratidão. Surge no coração do cristão que mantém uma relação de amizade com o Senhor. Assim, podemos dizer que o dom da piedade gera em nós uma amizade com Deus, que muda a nossa vida e nos enche de entusiasmo e alegria.

Esse dom suscita em nós a gratidão e o louvor. Piedade, então, é sinônimo de "Autêntico espírito religioso e intimidade filial com Deus".

Assim, devemos saber que a nossa amizade e intimidade com Deus, por meio da piedade, deve nos levar a dirigir essa amizade, transformada em amor, ao próximo. "A piedade nos torna capaz de amar a Deus e reconhecê-lo no próximo", amando-o como ao próprio Cristo.

Ainda no dizer do Papa, não podemos confundir piedade com "pietismo". Ter piedade não é fechar os olhos, fazer cara de imagem, fazer de conta que é um santo. Não. O dom da piedade significa alegrar-se com quem está alegre, de chorar com quem chora. É estar próximo de quem está sozinho ou angustiado, de corrigir quem está no erro, de consolar quem está aflito, de acolher e socorrer quem está precisando.  Ele nos leva a amar o que é de Deus: a oração, a santa missa, a vida sacramental, a adoração ao Santíssimo Sacramento, a oração do Terço e o desejo de pregar e testemunhar a Palavra de Deus.

(Pe. Adilson Ulprist)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

O Dom da Ciência


 É preciso estar aberto
ao conhecimento de Deus

Quando falamos do dom da ciência, podemos afirmar que Deus nos ensina sobre as suas verdades, permite que a sua Luz penetre o nosso ser, nos dando o entendimento. Ele nos comunica informações que são impossíveis de se compreender humanamente ou por conhecimento natural, isto é, pela razão.

"O dom da ciência nos coloca em profunda sintonia com o Criador e nos faz participar da clareza do seu olhar e do seu juízo" disse o Papa Francisco, em uma de suas audiências no Vaticano. Ele diz que esse dom nos ajuda a olhar as pessoas e as realidades sabendo reconhecer seus limites e sua orientação para Deus. E acrescenta: "Tudo isso é motivo de serenidade e paz, fazendo de nós Suas jubilosas testemunhas".

Assim podemos dizer que este dom é a graça que Deus nos concede para que possamos ver as coisas como Ele vê. Por isso, é preciso estar aberto ao conhecimento de Deus que nos é dado pelo Espírito Santo. É preciso pedir ao Senhor o dom da ciência, porque, abertos a este dom, Deus nos ajuda a compreender a razão do problema e a dificuldade que nos impede de ser felizes, como também não nos permite crescer espiritualmente.

Precisamos escutar o Senhor, que nos fala a respeito das coisas, dos fatos, dos acontecimentos em nossas vidas.

Deus vai nos revelando seus mistérios, a sua bondade e o seu amor. Amor que nos transforma e nos faz abertos à ação do Espírito Santo, para compreendermos o que Ele quer de nós e a enxergar nossa realidade com este mesmo amor, cheios de misericórdia, principalmente para com aqueles que estão ao nosso redor.

Que a compreensão deste dom nos ajude a, como o próprio Senhor, agir com sabedoria, ciência e mansidão diante de qualquer situação. Que saibamos discernir o que de fato é sabedoria de Deus para a nossa vida.

"Pois a luz da ciência
que eu derramo sobre todos
é como a luz da manhã,
e de longe eu a torno conhecida"
(Ecl 24, 44)

(Pe. Adilson Ulprist)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O Dom do Conselho


Começo essa reflexão com uma fala do Papa Francisco numa audiência geral, que acontece toda quarta-feira, no Vaticano: "O conselho é o dom com o qual o Espírito Santo torna a nossa consciência capaz de fazer uma escolha concreta em comunhão com Deus. Ele nos torna sensíveis à sua voz e orienta os nossos pensamentos, fazendo-nos, assim, crescer interiormente, para não nos deixar agir à mercê do egoísmo e do próprio modo de ver as coisas".

Podemos dizer que o Dom do Conselho nos orienta de forma perfeita , pois o Espírito Santo fala ao nosso coração e nos ajuda a discernir sobre o que devemos fazer ou dizer. Agimos com confiança e tiramos da nossa mente e coração as incertezas que nos afligiam.

É por isso que Jesus diz para os discípulos não se preocuparem com sua defesa: "Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer. Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós" (Mt 10, 19-20).

Não podemos nos esquecer que todos os 7 dons são os frutos do Espírito Santo agindo em nós. Daí a necessidade da nossa oração e comunhão com Deus, para que cada um dos dons produzam os frutos necessários.

É preciso ouvir a voz de Deus, tornar-se dócil a ela, para superarmos nossas limitações, amadurecendo na fé, pois só assim teremos a certeza de que nosso agir está em sintonia com a vontade de Deus. Então estaremos prontos para também aconselhar.

Fonte: Revista Brasil Cristão - Texto: Pe. Adilson Ulprist

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O Dom do Discernimento


Quando falamos do dom do Discernimento, falamos da capacidade dada por Deus a nós para perceber, distinguir, diferenciar aquilo que é da própria Vontade d'Ele e aquilo que não é. De forma simples, é dizer: viver e praticar o bem e fugir do mal.

Esse dom nos permite identificar qual espírito está impulsionando ou influenciando uma ação, uma situação, um desejo, uma decisão a tomar, algo que nos digam ou ofereçam. É preciso chamar o Espírito Santo, para que nos torne capazes para isso.

Vale recordar o que disse o Papa Paulo VI, à sua época, mas que é tão atual: "O dom dos dons para os tempos de hoje é o do Discernimento".

E isso podemos afirmar, pois se não conseguirmos discernir algumas coisas, inclusive dos ensinamentos de Cristo e da Igreja, seremos levados de tal maneira que nem saberemos para onde estamos indo.

Desse modo, é preciso ter a docilidade para se deixar conduzir pelo Espírito Santo, distinguindo o que vem de Deus, se não for assim, as informações, ideias e valores em nossa mente e coração se confundirão. É preciso ouvir o Senhor que fala ao nosso coração pela oração e perseverar na fé.

Precisamos também estar atentos, porque o espírito humano gera em nós o orgulho, a vaidade, o ciúme, a inveja, rivalidade e competições. Aqueles que estão mergulhados no Espírito de Deus são capazes de renunciar a tudo isso para viver imersos na graça, que transforma o coração e nos ajuda a discernir entre o que é humano e o que é divino.

Seja sempre dócil ao Espírito Santo e deixe Cristo falar ao seu coração.

Fonte: Revista Brasil Cristão - Texto: Pe. Adilson Ulprist

domingo, 1 de novembro de 2015

O Dom da Sabedoria


O dom da Sabedoria deve nos ajudar a viver uma vida sob a luz da Palavra de Deus e a buscar a prática daquilo que O agrada, o  amor.

Fomos criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26) porque Dele recebemos a capacidade de amar e de discernir entre o bem e o mal. No nosso Batismo recebemos o Espírito Santo, que nos liberta do pecado e, através dos seus dons, nos ajuda a viver segundo as leis do amor.

O Papa Francisco, em uma de suas audiências, nos disse: "Para viver o Dom da Sabedoria precisamos enxergar o mundo com os olhos de Deus". De fato, o que precisamos entender é que a verdadeira sabedoria está em Deus e o verdadeiro sábio não é aquele que busca enriquecer sua vida com o conhecimento ou sabedoria acadêmica - embora eles sejam importantes e necessário -, mas, sim, aquele que busca, na Palavra de Deus, respostas e orientações para a sua vida.

Devemos ir ao encontro da verdadeira sabedoria, como nos diz o Livro do Eclesiástico: "Fonte de Sabedoria é a Palavra de Deus" (Eclo 1, 5).

Quando olhamos o mundo com os olhos de Deus nos tornamos mais dóceis e amáveis, respeitando toda a criação. Conseguimos enxergar tudo com mais largueza, o que nos torna capazes de agir na busca do bem comum e na prática da caridade, do amor, porque temos a disposição de viver segundo os dons que o Espírito Santo gera em nós, o que nos torna cada dia mais sábios.

Abrir-se a ação do Espírito Santo é deixar-se envolver por seu amor e sabedoria, é deixar que o amor de Deus flua em nós a através de nós.

Fonte: Revista Brasil Cristão - Texto: Pe. Adilson Ulprist

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O Dom da Fortaleza

Temos necessidade desta fortaleza
para levar adiante nossa vida, família e fé.


Ao pensar no dom da fortaleza, chamo a atenção para uma fala do Papa Francisco, a partir da parábola do semeador (Mc 4, 3-9): "A semente, muitas vezes, encontra a aridez do nosso coração e, mesmo se for acolhida, corre o risco de permanecer estéril. com o dom da fortaleza o Espírito Santo liberta o terreno do nosso coração do torpor, das incertezas e dos medos que possam impedi-lo, de modo que a Palavra do Senhor seja colocada em prática de forma autêntica e alegre. É uma verdadeira ajuda este dom; dá-nos força e liberta-nos de tantos impedimentos".

A fortaleza, que podemos chamar de "dom da coragem", imprime em nossa alma um impulso que nos permite suportar as maiores dificuldades e tribulações, e realizar, se necessário, atos sobrenaturalmente heroicos. Não como um ato extraordinário, mas o enfrentamento das tribulações e dificuldades do dia a dia, na família, no trabalho, na vizinhança e, claro, naquela tribulação interior que nos amedronta e nos impede de agir de forma segura e tranquila.

O apóstolo Paulo nos diz: "Tudo posso Naquele que me fortalece" (Fl 4, 13). Por isso, não se pode pensar que o dom da fortaleza é necessário somente para algumas ocasiões ou situações particulares. Este dom deve ser base da vida cotidiana do cristão. É preciso ser forte sempre. Daí a necessidade "desta fortaleza, para levar adiante a nossa vida, a nossa família, a nossa fé".

Não se deixe levar pelo desânimo, sobretudo diante do cansaço e das provações da vida. Não desanime. Invoque o Espírito Santo para que, com o Dom da Fortaleza, o seu coração seja aliviado e ele te sustente frente às dificuldades da vida.

"Peçamos a Deus que, a cada dia,
tenhamos este dom para nos sustentar
e nos fazer forte frente às tribulações
e dificuldades enfrentadas"


Fonte: Revista Brasil Cristão - Texto: Pe. Adilson Ulprist

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Quem é o Espírito Santo?


O dogma da Igreja Católica sobre a Santíssima Trindade - Pai, Filho e Espírito Santo - é um grande mistério de fé. E, para conhecer melhor o Deus trino, temos algumas definições sobre cada uma das Três Pessoas, que nos ajudam em nossa caminhada espiritual.

A crença na Santíssima Trindade inclui o conceito de "Deus, Espírito Santo", juntamente com "Deus Pai" e "Deus Filho, Jesus Cristo"

O Espírito Santo é pessoalmente e totalmente Deus, co-igual e co-eterno com o Pai e o Filho. Mas é diferente do Pai e do Filho, e procede do Pai e do Filho.

O Espírito Santo possui funções específicas na vida da Igreja e dos cristãos:

* Condena o pecado: o Espírito Santo atua para nos convencer de que somos pecadores e nos mostra os nossos atos pecaminosos.

* Conversão: é a ação do Espírito Santo que nos converte à fé cristã. É quando "nascemos novamente" no Espírito. 

* Vida Cristã: o Espírito Santo habita em nosso coração e nos habilita a levar uma vida correta e de fé.

* Consolador: o Espírito Santo intercede, consola e age como nosso advogado nos momentos de atribulação.

* Inspira e interpreta as Escrituras: o Espírito Santo inspirou os autores bíblicos e "interpreta" a Palavra de Deus para a Igreja e para os cristãos.

A cada mês falaremos mais sobre o Espírito Santo e seus Dons:
(clique sobre cada dom para saber mais sobre ele)



Fonte: Revista Brasil Cristão - Texto: Cássio Abreu

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O dom da Fé, no apóstolo Paulo

 

Neste texto sobre São Paulo, essa figura ímpar, veremos que em sua vivência das virtudes teologais - Fé, Esperança e Amor -, seguiu a Deus. Comecemos pelo dom da Fé!

Agraciado de forma singular, o judeu Saulo torna-se apóstolo como os outros Doze e chega à santidade de vida, porque se deixou conduzir à Fé cristã. Foi dócil à ação do Espírito Santo recebido na imersão batismal. De imediato, sentiu-se impelido a testemunhar sua Fé em Jesus, como Senhor e Cristo.

Esse dom da fé, no entanto, não caiu sobre uma pessoa contrária ao monoteísmo judaico. Sabemos que Paulo era douto e convencido fariseu, antes do toque da Graça. Era, portanto, profundamente religioso e marcado desde muito cedo pela história de uma aliança do Deus-Javé com seu povo, realizada desde os Patriarcas até o último dos profetas. Esse esclarecimento é importante, para se entender como Deus preparou esse judeu ortodoxo para o momento da conversão ao cristianismo. Isto compreendido, você poderá iluminar, do modo que Deus lhe favorecer, a experiência do seu dom pessoal da fé, com o dom feito a Paulo.

Nosso santo recebeu algo muito especial! Deus o havia escolhido para uma Missão muito importante: expandir a Fé cristã entre os "gentios". Procure em sua Bíblia e leia a carta aos Gálatas 1, 15-24. Você irá descobrir a razão por que ele escreve à comunidade de Éfeso declarando: "Desse evangelho eu me tornei ministro, pelo dom da graça de Deus (...). A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo" (EF 3, 7-8).

Uma vez consciente do dom e impelido pelo Espírito à Missão, Paulo cultiva a Fé original do Evangelho em tudo o que realiza, fala e escreve. Ele escreve assim a seu fiel discípulo, Timóteo: "Sei em quem confiei a minha Fé" (2Tm 1, 12). Confiante em Jesus, durante suas inúmeras incursões apostólicas, nada temerá, nem mesmo o martírio. Terminou sua trajetória de fé com estas palavras cheias de realismo: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a Fé" (2Tm 4, 7).

Tudo isso é fruto de uma fé reconhecida como o dom e manifestada em ações, à imitação do Doador de todos os bens. Na mente e no coração de São Paulo, o benfeitor é Jesus Cristo em pessoa. Aprendeu a amá-Lo pela fé, numa redenção total, que uma vez realizada, abrangeu a humanidade e cada pessoa humana, sem exceção. Essa é a Fé que opera a Salvação, para todo o sempre. O próprio apóstolo quis deixar claro, em uma circular aos cristãos da Ásia Menor, seu pensamento, escrevendo: "É pela graça que fostes salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós, é dom de Deus! Não vem das obras, que ninguém pode gloriar-se. Pois foi Deus que nos fez, criando-nos no Cristo Jesus, em vista das boas obras que preparou de antemão, para que nós as pratiquemos" (Ef 2, 8-10).


Se você quiser aprofundar mais sobre a Fé em Paulo, procure no livro "Chave Bíblica" da Sociedade Bíblica do Brasil, na palavra "Fé". Nele você encontrará 89 citações de nove cartas do grande apóstolo, expressando seus pensamentos sobre a Fé.

(Pe. Paulo Lisbôa, SJ)