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sexta-feira, 11 de abril de 2025

Agenda de hoje

"Quando se ama tudo é alegria, a cruz não pesa,
o martírio não se sente, vive-se mais no Céu que na terra."

(Santa Teresa de Los Andes)

quarta-feira, 19 de março de 2025

quinta-feira, 11 de julho de 2024

São Bento, Abade

“Agora, pois, ergamo-nos, finalmente. A Escritura nos desperta dizendo: Esta é a hora de levantar-nos do sono” (Prólogo da Regra de São Bento).


Dia 11 de julho, celebramos a memória de São Bento Abade, padroeiro da Europa. São Bento, nasceu em Núrcia, próximo a Roma, por volta do ano de 480 d.C. Filho de família nobre, foi enviado a Roma para estudar, no período de decadência do Império. Porém, o jovem Bento abandonou os projetos com o declínio do Império, onde retirou-se para as montanhas da Úmbria a viver isolado em uma gruta, numa vida eremita, onde dedicou-se a oração, meditação e demais atos de exercícios para a santidade, permanecendo três anos longos anos.

Bento inspirou outros jovens a cultivar os valores cristãos, onde através deste movimento e com o amadurecimento da ideia de fundar um mosteiro na região sul de Roma, ergueu o maior centro de vida Beneditina, o Mosteiro de Monte Cassino. Além deste, outros dozes mosteiros foram fundados, difundindo a vida comunitária e a Regra de São Bento, onde esta era baseada nos ensinamentos escritos pelo próprio santo de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo, em que, a Regra, era aplicada e moldada de acordo com a capacidade e limitação de cada um.

São Bento, tinha como o lema principal “Oração e trabalho” – “Ora et labora” – “O ócio – escreveu São Bento na Regra – é inimigo da alma. Por isso, os irmãos devem dedicar-se, em determinadas horas do dia, ao trabalho manual e, em outras, à leitura dos livros que contêm a Palavra de Deus”. Oração e trabalho não se contrapõem, mas estabelecem uma relação de simbiose. Sem a oração não é possível encontrar a Deus. A vida monacal, definida por São Bento como “uma escola de serviço ao Senhor”, não pode prescindir do compromisso concreto. O trabalho é uma extensão da oração. “O Senhor – recorda São Bento – espera, todos os dias, a nossa resposta concreta aos seus santos ensinamentos”.

São Bento morreu em 547, aos 67 anos, deixando-nos o exemplo de zelo e amor pelas coisas de Deus: “Ouça, filho, os ensinamentos do Mestre; dê-lhe ouvidos com o coração; receba, com agrado, os conselhos de um pai que lhe quer bem, para se dirigir, com o rigor da obediência, Àquele do qual você se distanciou por causa da negligência e da desobediência”


“Os mosteiros beneditinos tornaram-se centros de referência e deles saíram vários nomes e ícones da Igreja Católica. Ao todo, foram 23 papas, 5 mil bispos e cerca de 3 mil santos canonizados”

São Bento, também é lembrado pela sua medalha, sendo um dos símbolos mais poderosos deste santo, onde é demonstrado a Cruz, onde fora muitas vezes usada pelo santo que evitou várias vezes a sua morte, um verdadeiro sinal da vitória da cruz sobre o mal e a morte.

Após várias modificações, a medalha traz em si num dos versos: a imagem de São Bento com uma cruz na mão direita. O Livro das Regras na mão esquerda. Vê-se um corvo e um cálice do qual sai uma serpente.


São Bento, Abade,
 rogai por nós!

por Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora - (MG)



quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Santo André - Apóstolo e Mártir

~ 30 de novembro: Dia de Santo André ~

Entre os Doze apóstolos de Cristo, André foi o primeiro a ser Seu discípulo. Além de ser apontado por eles próprios como o "número dois", depois somente de Pedro. Na lista dos Apóstolos, pela ordem está entre os quatro primeiros. Nascido na Betsaida, morava em Cafarnaum (Mc 1,21), era discípulo de João Batista, filho de Jonas de Betsaida, irmão de Simão-Pedro e ambos eram pescadores, no mar da Galiléia (Mt 6,18; Mc 1,16).

Foi levado por João Batista à verde planície de Jericó, juntamente com João Evangelista, para conhecer Jesus. O visionário profeta ao ver passar Jesus, O indicou e disse a célebre frase: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". André se emocionou ao ouvir semelhante elogio e foi atrás de Jesus que se voltou e lhes disse: "O que procuram?". Eles lhe disseram: "Senhor: onde vive?". Jesus lhes respondeu: "Venham e verão". Eles foram e passaram com Ele aquela tarde. E André então começou a segui-lO.

Depois André levou o irmão Simão-Pedro a conhecer Jesus, afirmando: "Encontramos o Messias" (Jo 1, 41). Assim, se tornou também o primeiro dos apóstolos a recrutar novos discípulos para o Senhor. André aparece no episódio da multiplicação dos pães, que depois da resposta de Felipe, indica a Jesus um jovem que possuía os únicos alimentos ali presentes: cinco pães e dois peixes (Jo 6,8-9).

Pouco antes da morte do Redentor, aparece o discípulo André ao lado de Felipe, como um de grande autoridade. Pois, é a ele que Felipe se dirige quando certos gregos pediram para ver o Senhor, e ambos cotaram a Jesus (Jo 12,20-22).

André participou da vida publica de Jesus, estava presente na Última Ceia, viu o Cristo Ressussitado, testemunhou a Ascenção e recebeu o primeiro Pentecostes. Ajudou a sedimentar a Igreja de Cristo, a partir da Palestina, porém não se sabe com exatidão as localidades e regiões por onde pregou.

Alguns historiadores citam que depois de Jerusalém foi evangelizar na Galiléia, Cítia, Etiópia, Trácia e, finalmente na Grécia. Nessa última, formou um grande rebanho e pôde fundar a comunidade cristã de Patras, na Acaia, um dos modelos de Igreja nos primeiros tempos. Mas foi alí também que acabou martirizado nas mãos do inimigo, Egéas, governador e juiz romano local.

André ousou não obedecer à autoridade do governador, ao contrário, o desafiou a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Mais ainda, clamou que os deuses pagãos não passavam de demônios. Egéas não hesitou o condenou à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que se temesse o martírio não estaria "pregando a grandeza da Cruz, onde morreu Jesus".

Ficou dois dias pregado numa cruz em forma de "X", antes, porém se despojou de suas vestes e bens, doando-os aos algozes. Conta a tradição que, um pouco antes de André morrer, foi possível ver uma grande luz envolvendo-o e apagando-se a seguir. Tudo ocorreu sob o império de Nero, em 30 de novembro do ano 60, data que toda a cristandade guarda para sua festa.

O imperador Constantino trasladou em 357, de Patos para Constantinopla, as relíquias mortais de Santo André, Apóstolo. Só no século XIII elas foram para Roma, onde permanece até hoje, na Catedral de Amalfi. Santo André Apóstolo, é celebrado como padroeiro da Rússia e Escócia.


Oração a Santo André Apóstolo e Mártir

Ó Deus, que o cristianismo exulte sempre
no constante louvor do Apóstolo Santo André,
para que, sustentada por sua doutrina e intercessão,
seja fiel a seus ensinamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
na unidade do Espírito Santo.
Amém!.

domingo, 28 de agosto de 2022

Inquietude


"Para Vós nos fizestes, Senhor,
e inquieto está o nosso coração
até que repouse em Vós!"
                                     
                                                  (Santo Agostinho)

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Teia de Aranha

Com Cristo, uma teia de aranha
torna-se fortaleza;
Sem Cristo, a fortaleza
é apenas uma teia de aranha.
                                                                      (São Félix de Nola)

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Natividade de São João Batista

24 de junho - Dia de São João Batista


"Depois de mim vem aquele que é mais forte do que eu.
Eu nem sou digno de, abaixando-me,
desatar as correias de suas sandálias.
Eu vos batizei com água,
Ele vos batizará com o Espírito Santo."
                                 (São João Batista)


“A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente”, explicou o bispo santo Agostinho (354-430) em seus sermões nos primeiros séculos do cristianismo, sobre a natividade de São João Batista.

“João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista”, acrescentou o santo doutor da Igreja.
  

Oração a São João Batista

São João Batista, voz que clama no deserto: “Endireitai os caminhos do Senhor… fazei penitência, porque no meio de vós está quem vós não conheceis e do qual eu não sou digno de desatar os cordões das sandálias”, ajudai-me a fazer penitência das minhas faltas para que eu me torne digno do perdão daquele que vós anunciastes com estas palavras: “Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo”.
São João, pregador da penitência, rogai por nós.
São João, precursor do Messias, rogai por nós.
São João, alegria do povo, rogai por nós.

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Solenidade de Corpus Christi


"Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência:
os perfeitos para se conservarem perfeitos,
e os imperfeitos para chegarem à perfeição."
                                                                           (São Francisco de Sales)

 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

2020 - 2021: Ano São José


O Papa Francisco instituiu o Ano de São José para celebrar os 150 anos em que o santo foi declarado padroeiro da Igreja Católica.  

O anúncio do "Ano de São José" se dá através da Carta Apostólica “Patris Corde” que vem acompanhada do Decreto da Penitenciária Apostólica relativo a concessão do “Dom de Indulgências Plenárias Especiais”, ambos publicados pela sala de imprensa da Santa Sé.
 
 Protagonismo sem paralelo .

A Carta Apostólica traz os sinais da pandemia da Covid-19, que – escreve Francisco – nos fez compreender a importância das pessoas comuns, aquelas que, distantes dos holofotes, exercitam todos os dias paciência e infundem esperança, semeando corresponsabilidade. Justamente como São José, “o homem que passa desapercebido, o homem da presença cotidiana discreta e escondida”.

E mesmo assim, o seu é “um protagonismo sem paralelo na história da salvação”. Com efeito, São José expressou concretamente a sua paternidade ao ter convertido a sua vocação humana “na oblação sobre-humana de si mesmo ao serviço do Messias”. E por isto ele “foi sempre muito amado pelo povo cristão”.

Nele, “Jesus viu a ternura de Deus”, que “nos faz aceitar a nossa fraqueza”, através da qual se realiza a maior parte dos desígnios divinos. Deus, de fato, “não nos condena, mas nos acolhe, nos abraça, nos ampara e nos perdoa”. José é pai também na obediência a Deus: com o seu ‘fiat’, salva Maria e Jesus e ensina a seu Filho a “fazer a vontade do Pai”, cooperando “ao grande mistério da Redenção”.

O objetivo desta carta apostólica é aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo”, explica Francisco na carta que fala de São José sob sete aspectos: pai amado, pai na ternura, pai na obediência, pai no acolhimento, pai com coragem criativa, pai trabalhador e pai na sombra.

Logo na introdução do documento, Francisco recorda que São José era humilde carpinteiro e teve a coragem de assumir a paternidade legal de Jesus. Para defender Jesus de Herodes, foi forasteiro no Egito e, retornando à pátria, viveu na pequena e ignorada cidade de Nazaré, na Galileia, longe de Belém, a sua cidade natal, e de Jerusalém, onde se erguia o Templo.

Depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como José, seu esposo. Os meus antecessores aprofundaram a mensagem contida nos poucos dados transmitidos pelos Evangelhos para realçar ainda mais o seu papel central na história da salvação: o Beato Pio IX declarou-o ‘Padroeiro da Igreja Católica’, o Venerável Pio XII apresentou-o como ‘Padroeiro dos operários’; e São João Paulo II, como ‘Guardião do Redentor’. O povo invoca-o como ‘padroeiro da boa morte'”, escreve Francisco no documento.

O Santo Padre explica que, ao completarem-se 150 anos da declaração do santo como Padroeiro da Igreja Católica, ele gostaria de partilhar algumas reflexões pessoais sobre “esta figura extraordinária”, tão próxima da condição humana de cada um. Um desejo que foi crescendo ao longo desses meses de pandemia, revela Francisco, em que foi possível experimentar que a vida é tecida e sustentada por pessoas comuns, que não aparecem nas manchetes dos jornais nem em grandes passarelas: médicos, enfermeiros, trabalhadores de supermercado e de limpeza, por exemplo, entre tantos outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho.

Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos. Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade. São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação. A todos eles, dirijo uma palavra de reconhecimento e gratidão”.
 

 Não se nasce pai, torna-se tal” .

Não se nasce pai, torna-se tal”, afirma ainda Francisco, porque “se cuida responsavelmente” de um filho assumindo a responsabilidade pela sua vida. Infelizmente, na sociedade atual, “muitas vezes os filhos parecem ser órfãos de pai” que sejam capazes de “introduzir o filho na experiência da vida”, sem  prendê-lo “nem subjugá-lo”, mas tornando-o “capaz de opções, de liberdade, de partir”.

Neste sentido, José recebeu o apelativo de “castíssimo”, que é “o contrário da posse”: ele, com efeito, “soube amar de maneira extraordinariamente livre”, “soube descentralizar-se” para colocar no centro da sua vida Jesus e Maria. A sua felicidade está no “dom de si mesmo”: nunca frustrado e sempre confiante, José permanece em silêncio, sem lamentações, mas realizando “gestos concretos de confiança”. A sua figura, portanto, é exemplar, evidencia o Papa, num mundo que “precisa de pais e rejeita os dominadores”, rejeita quem confunde “autoridade com autoritarismo, serviço com servilismo, confronto com opressão, caridade com assistencialismo, força com destruição”.

Na décima nota, “Patris corde” revela também um hábito da vida de Francisco: todos os dias, o Pontífice reza uma oração ao Esposo de Maria tirada de um livro francês de devoções, do século XIX, da Congregação das Religiosas de Jesus e Maria. Trata-se de uma oração que “expressa devoção e confiança” a São José, mas também “certo desafio”, explica o Papa, porque se conclui com estas palavras: “Que não se diga que eu Vos invoquei em vão, e dado que tudo podeis junto de Jesus e Maria, mostrai-me que a vossa bondade é tão grande como o vosso poder”.
 
 Indulgências Plenárias .
 
Para obter a indulgência plenária, destaca-se no Decreto, que devem ser cumpridas as condições prescritas pela Igreja para tal efeito: confissão sacramental, comunhão eucarística e rezar pelas intenções do Santo Padre.

As modalidades nas quais se concederá a indulgência plenária no Ano de São José, que começa hoje, são as seguintes:
  • “A indulgência plenária é concedida àqueles que meditarem pelo menos durante 30 minutos na oração do Pai-Nosso, ou participarem em um Retiro Espiritual de pelo menos uma jornada no qual se realize uma meditação sobre São José”.
  • “Aqueles que, com o exemplo de São José, realizem uma obra de misericórdia corporal ou espiritual poderão lucrar o dom da indulgência plenária”.
  • “Para que todas as famílias cristãs se sintam encorajadas a recriar o mesmo ambiente de íntima comunhão, amor e oração que se vivia na Sagrada Família, é concedida a indulgência plenária pela oração do Santo Terço nas famílias e entre os noivos”.
  • “A indulgência plenária pode ser lucrada por aqueles que confiem cotidianamente suas atividades à proteção de São José e cada fiel que invoque com a oração a intercessão do Artesão de Nazaré para que, quem se encontre procurando emprego, possa encontrar ocupação e que o trabalho de todos seja digno”.
  • “A indulgência plenária é concedida aos fiéis que recitem as Ladainhas a São José (para a tradição latina), ou o Akathistos a São José, inteiro ou pelo menos uma parte (para as tradições bizantinas), ou outra oração a São José propriamente dita de outras tradições litúrgicas pela Igreja perseguida ad intra e ad extra e para o alívio de todos os cristãos que sofrem alguma forma de perseguição”.
  • Além disso, "para reafirmar a universalidade do patrocínio de São José sobre a Igreja, além dessas razões, a Penitenciária Apostólica concede indulgência plenária aos fiéis que recitarem qualquer oração legalmente aprovada ou ato de piedade em homenagem a São José". “Por exemplo, 'A ti, oh, San José', especialmente de 19 de março a 1º de maio, na festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José; no domingo de São José (segundo a tradição Bizantina); no dia 19 de cada mês e todas as quartas-feiras, dia dedicado à memória do Santo segundo a tradição latina”.
O Decreto termina especificando que “no atual contexto de emergência sanitária, o dom da indulgência plenária estende-se de modo particular aos idosos, aos doentes, aos moribundos e a todos aqueles que por motivos legítimos não podem sair de casa, aos quais, com a alma livre de todo pecado e com a intenção de cumprir, na medida do possível, as três condições habituais, em casa ou onde estiverem devido à doença, recitem um ato de piedade em homenagem a São José , consolo dos enfermos e padroeiro da boa morte, oferecendo com fé a Deus as dores e sofrimentos da vida”.


A Carta Apostólica, "Patris Corde" (O Coração do Pai), na íntegra, está disponível em língua portuguesa no site da Santa Sé. Acesse aqui.


 

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Quem foi Santo Antônio?


Santo Antônio ou Fernando Antônio de Bulhões, seu nome de nascença, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto do ano de 1195. De família nobre e rica, era filho único de Martinho de Bulhões, oficial do exército de Dom Afonso e de Tereza Taveira. Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa. Antônio gostava de estudar e de ficar mais recolhido.

Vida de Santo Antônio

Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, contra a vontade de seu pai. Morou lá por dois anos. Com uma grande biblioteca em mãos, Antônio avançou na sua história pelo estudo e pela oração. Foi transferido para Coimbra, que é um importante centro de estudos de Portugal, ficando lá por 10 anos. Em Coimbra, foi ordenado sacerdote. Logo se viu o dom da palavra que transbordava do jovem padre agostiniano. Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação.

O Padre Agostiniano torna-se frei Franciscano

Em Coimbra, o Padre Antônio conheceu os freis franciscanos, entusiasmando-se pelo fervor e radicalidade com que estes viviam o Evangelho e, pouco depois, tornou-se Frei Antônio, mudando-se para o mosteiro de São Francisco de Assis.

O Encontro com São Francisco de Assis

Santo Antônio fez o pedido de ir para o Marrocos pregar o Evangelho e os Franciscanos permitiram. No meio do caminho, porém, ficou muito doente e foi forçado a voltar para Portugal. Na viagem de volta, o barco foi desviado para a Itália, terminando por parar na Sicília, em um grande encontro de mais de cinco mil frades franciscanos, chamado Capítulo das Esteiras. Lá, Antônio conheceu pessoalmente São Francisco de Assis. A mão de Deus o tinha guiado por caminhos diferentes.

A luz deve brilhar para todos

Após conhecer São Francisco, Frei Antônio passa 15 meses como um eremita no Monte Paolo. São Francisco enxerga os dons que Deus deu a ele, chama-o de Frei Antônio, e o encarrega da formação teológica dos irmãos do Mosteiro. No capítulo geral da Ordem dos Franciscanos, foi enviado a Roma para tratar de assuntos da Ordem com o Papa Gregório IX, que ficou impressionado com sua inteligência e eloquência, chamando-o de “Arca do Testamento”. Tinha uma força irresistível com as palavras e São Francisco o nomeou como o primeiro leitor de Teologia da Ordem. Em seguida, mandou-o estudar Teologia para ensinar seus alunos e pregar ainda melhor. Juntavam-se, às vezes, mais de 30 mil pessoas para ouvi-lo pregar, e muitos milagres aconteciam. Após a morte de São Francisco, ele foi enviado a Roma para apresentar ao Papa a Regra da Ordem de São Francisco.

Milagres de Santo Antônio

Protetor das coisas perdidas. Protetor dos casamentos. Protetor dos pobres. É o Santo dos milagres. Fez muitos ainda em vida. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados. Redigiu os Sermões, tratados sobre a quaresma e os evangelhos, que estão impressos em dois grandes volumes de sua obra.

Falecimento

Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso, ele é conhecido também como Santo Antônio de Pádua. Antes de falecer nas portas de Pádua, Santo Antônio disse: “Ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas”. E completou: “estou vendo o meu Senhor”. Em seguida, faleceu. Os meninos da cidade logo saíram para dar a notícia: o Santo morreu. Em Lisboa, os sinos das igrejas começaram a repicar sozinhos e só depois o povo soube da morte do Santo. Ele também é chamado de Santo Antônio de Lisboa, por ser sua cidade de origem.

Devoção a Santo Antônio

Aconteceram tantos milagres após sua morte, que onze meses após ele foi beatificado e canonizado. Quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta. São Boaventura estava presente e disse que esse milagre era a prova de que sua pregação era inspirada por Deus. Está exposta até hoje na Basílica de Santo Antônio, na cidade de Pádua. Sua canonização foi realizada pelo Papa Gregório IX, na Catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja. Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal e, em 1946, proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.

Santo Antônio, rogai por nós!


Fontes: Site Cruz Terra Santa e Folha Missionária da Arquidiocese de Juiz de Fora

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Agenda de hoje

"Para vós nos fizestes, Senhor,
e inquieto está o nosso coração até que repouse em Vós!"

(Santo Agostinho)

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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Santa Edwiges - 16 de outubro

 
Santa Edwiges nasceu em berço de ouro, mas se tornou amiga dos pobres e dos endividados. Mãe de seis filhos, ela conheceu a vida de casada, de mãe e de religiosa. Foi canonizada apenas 24 anos após sua morte, tamanha foi a marca que ela deixou em seu tempo.
Nascida em 1174 na Alemanha, filha de um duque e de uma duquesa, ela recebeu educação esmerada e sólida formação cristã. Casou-se aos 12 anos com o príncipe de uma região da Polônia e cuidou da formação religiosa do marido e dos filhos. De seus seis filhos, dois morreram precocemente.
Quando se casou, Edwiges recebeu uma fortuna como dote, mas não usou o dinheiro para si. Ela começou a ajudar os pobres e endividados, dando um novo destino a vidas que não tinham mais esperança.

A imagem de Santa Edwiges tem vários símbolos importantes que ajudam a contar sua história. Vamos conhece-los:

O hábito religioso de Santa Edwiges

Santa Edwiges é representada vestindo um hábito religioso. Isso acontece porque quando ficou viúva e seus filhos criados, ela entrou para o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia, e passou a viver a vida religiosa. Porém, mesmo estando no mosteiro, ela não deixou de ajudar os pobres e endividados, usando ainda o dinheiro de seu dote. A caridade foi a grande marca desta santa. Por causa de sua caridade, muitos foram libertados da prisão tendo suas dívidas pagas pela santa.

A coroa na mão de Santa Edwiges

A coroa na mão de Santa Edwiges tem dois significados: Primeiramente, simboliza sua origem nobre e rica. Edwiges nasceu numa família extremamente rica e nobre, mas isso não a fez distanciar-se dos pobres e necessitados. Pelo contrário, ela se tornou o anjo protetor deles. O segundo significado da cora é seu casamento com um príncipe, o que fez dela uma princesa. Uma princesa dona de um dote milionário, que foi usado para o bem dos pobres e endividados. Naquele tempo, os endividados iam para a prisão e suas famílias caiam na miséria. Quando Santa Edwiges saudava uma dívida, ela não só libertava um pai de família da prisão, mas reconstruia uma família, resgatava sua dignidade e a retirava da miséria. A coroa na mão de Santa Edwiges representa a fortuna e o dinheiro usados a serviço do Reino de Deus, para o bem do próximo. É o símbolo da riqueza abençoada por Deus.

O livro na mão de Santa Edwiges

O livro na mão de Santa Edwiges representa sua formação religiosa e a formação religiosa que ela transmitiu a seu marido e seus filhos. E a coroa de Santa Edwiges estando sobre o livro significa que a riqueza de Santa Edwiges estava apoiada e fundada sobre a fé, a caridade ensinada na Bíblia e os mandamentos de Deus. Quando a riqueza é apoiada na fé e na obediência à Palavra de Deus, ela se transforma num bem para muita gente. Esse é o testemunho de Santa Edwiges.

Santa Edwiges – Oração

Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres,
a ajuda dos desvalidos e o Socorro dos Endividados,
e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio
da caridade que em vida praticastes,
suplicante te peço que sejais a minha advogada,
para que eu obtenha de Deus
o auxílio de que urgentemente preciso:
(fazer o pedido).
Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna.
Santa Edwiges, rogai por nós.
Amém.

Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e Glória ao Pai. 


quinta-feira, 4 de outubro de 2018

São Francisco de Assis


Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”.

Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.

Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.

Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224.

Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas em outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX. Sua festa é celebrada em 04 de outubro.
 

 Oração a São Francisco de Assis


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se vive para a vida eterna

Amém! 

Fonte: Canção Nova.