quinta-feira, 28 de março de 2019

Oração de Cura e Libertação

 
Senhor Jesus Cristo, com o Teu poder expulse de mim e da minha família toda a influência maligna, todo o mal. Pelo poder do Teu sangue, Jesus, quebre toda a corrente de maldição feita contra mim e contra meus familiares. Pelo poder de Teu sangue redentor, quebre toda maldição hereditária e todo o mal feito em nosso passado.

Senhor Jesus Cristo, creio no Teu poder e no Teu amor por mim e pela minha. Tu és o Senhor da minha vida. Quebre, Senhor Jesus, todas as algemas do mal; afaste do meu coração e da minha mente todo pensamento negativo, toda perturbação satânica, todas as visualizações erradas. Afaste da minha família, Senhor, todo e qualquer espírito maligno.

Declaro que Jesus Cristo é o Senhor da minha vida, da minha história e da minha família. Jesus, o Senhor é nosso Deus e Salvador. Afaste da minha família, da nossa casa, dos nossos projetos, das nossas vidas, todo mal, toda traição, todo mal-estar; peço-vos que toda maldição feita contra nós seja quebrada agora, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. que Teu sangue caia  sobre nós agora, nos lave, nos liberte, nos purifique, nos encha com o Santo Espírito e nos dê uma vida nova para que sigamos somente a Ti, nosso Senhor Jesus Cristo.

Eu creio em Ti, Senhor Jesus, mas aumenta a minha fé.

Eu quero Te seguir mesmo que surjam dificuldades, porque eu sei que o Senhor é vencedor, e contigo eu também sou vencedor(a).

Amém! Obrigado(a), Jesus, meu Senhor e meu Deus!

(Ir. Luiza Tecilla)

terça-feira, 12 de março de 2019

Oração, Jejum e Caridade

 
Queridos irmãos e irmãs!

Todos os anos, por meio da Mãe Igreja, Deus “concede aos seus fiéis a graça de se prepararem, na alegria do coração purificado, para celebrar as festas pascais, a fim de que (...), participando nos mistérios da renovação cristã, alcancem a plenitude da filiação divina”. Assim, de Páscoa em Páscoa, podemos caminhar para a realização da salvação que já recebemos, graças ao mistério pascal de Cristo: “De fato, foi na esperança que fomos salvos” (Rm 8, 24).

Este mistério de salvação, já operante em nós durante a vida terrena, é um processo dinâmico que abrange também a história e toda a criação. São Paulo chega a dizer: “Até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus” (Rm8, 19).

Nesta perspectiva, gostaria de oferecer algumas propostas de reflexão, que acompanhem o nosso caminho de conversão na próxima Quaresma.


A redenção da criação

A celebração do Tríduo Pascal da paixão, morte e ressurreição de Cristo, ponto culminante do Ano Litúrgico, sempre nos chama a viver um itinerário de preparação, cientes de que tornar-nos semelhantes a Cristo (cf. Rm 8, 29) é um dom inestimável da misericórdia de Deus. 

Se o homem vive como filho de Deus, se vive como pessoa redimida, que se deixa guiar pelo Espírito Santo (cf. Rm 8, 14), e sabe reconhecer e praticar a lei de Deus, a começar pela lei gravada no seu coração e na natureza, beneficia também a criação, cooperando para a sua redenção. Por isso, a criação – diz São Paulo – deseja de modo intensíssimo que se manifestem os filhos de Deus, isto é, que a vida daqueles que gozam da graça do mistério pascal de Jesus se cubra plenamente dos seus frutos, destinados a alcançar o seu completo amadurecimento na redenção do próprio corpo humano.

Quando a caridade de Cristo transfigura a vida dos santos – espírito, alma e corpo –, estes rendem louvor a Deus e, com a oração, a contemplação e a arte, envolvem nisto também as criaturas, como demonstra admiravelmente o “Cântico do irmão sol”, de São Francisco de Assis. Neste mundo, porém, a harmonia gerada pela redenção continua ainda – e sempre estará – ameaçada pela força negativa do pecado e da morte.

A força destruidora do pecado

Com efeito, quando não vivemos como filhos de Deus, muitas vezes adotamos comportamentos destruidores do próximo e das outras criaturas – mas também de nós próprios –, considerando, de forma mais ou menos consciente, que podemos usá-los como bem nos apraz. Então sobrepõe-se a intemperança, levando a um estilo de vida que viola os limites que a nossa condição humana e a natureza nos pedem para respeitar, seguindo aqueles desejos incontrolados que, no livro da Sabedoria, se atribuem aos ímpios, ou seja, a quantos não têm Deus como ponto de referência das suas ações, nem uma esperança para o futuro.

Se não estivermos voltados continuamente para a Páscoa, para o horizonte da Ressurreição, é claro que acaba por se impor a lógica do tudo e imediatamente, do possuir cada vez mais.

Como sabemos, a causa de todo o mal é o pecado, que, desde a sua aparição no meio dos homens, interrompeu a comunhão com Deus, com os outros e com a criação, à qual nos encontramos ligados antes de mais nada através do nosso corpo. Rompendo-se a comunhão com Deus, acabou por falir também a relação harmoniosa dos seres humanos com o meio ambiente, onde estão chamados a viver, a ponto de o jardim se transformar num deserto (cf. Gn 3, 17-18). Trata-se daquele pecado que leva o homem a considerar-se como deus da criação, a sentir-se o seu senhor absoluto e a usá-la, não para o fim querido pelo Criador, mas para interesse próprio em detrimento das criaturas e dos outros.

Quando se abandona a lei de Deus, a lei do amor, acaba por se afirmar a lei do mais forte sobre o mais fraco. O pecado – que habita no coração do homem (cf. Mc 7, 20-23), manifestando-se como avidez, ambição desmedida de bem-estar, desinteresse pelo bem dos outros e muitas vezes também do próprio – leva à exploração da criação (pessoas e meio ambiente), movidos por aquela ganância insaciável que considera todo o desejo um direito e que, mais cedo ou mais tarde, acabará por destruir inclusive quem está dominado por ela.

A força sanadora do arrependimento e do perdão

Por isso, a criação tem impelente necessidade que se revelem os filhos de Deus, aqueles que se tornaram “nova criação”: “Se alguém está em Cristo, é uma nova criação. O que era antigo passou; eis que surgiram coisas novas” (2Cor 5, 17).

Com efeito, com a sua manifestação, a própria criação pode também “fazer páscoa”: abrir-se para o novo céu e a nova terra (cf. Ap 21, 1). E o caminho rumo à Páscoa chama-nos precisamente a restaurar a nossa fisionomia e o nosso coração de cristãos, através do arrependimento, a conversão e o perdão, para podermos viver toda a riqueza da graça do mistério pascal.

Esta “impaciência”, esta expectativa da criação ver-se-á satisfeita quando se manifestarem os filhos de Deus, isto é, quando os cristãos e todos os homens entrarem decididamente neste “parto” que é a conversão. Juntamente conosco, toda a criação é chamada a sair “da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus” (Rm 8, 21).

A Quaresma é sinal sacramental desta conversão. Ela chama os cristãos a encarnarem, de forma mais intensa e concreta, o mistério pascal na sua vida pessoal, familiar e social, particularmente através do jejum, da oração e da esmola.

Jejuar, isto é, aprender a modificar a nossa atitude para com os outros e as criaturas: passar da tentação de “devorar” tudo para satisfazer a nossa voracidade, à capacidade de sofrer por amor, que pode preencher o vazio do nosso coração.
Orar, para saber renunciar à idolatria e à autossuficiência do nosso eu, e nos declararmos necessitados do Senhor e da sua misericórdia.
Dar esmola, para sair da insensatez de viver e acumular tudo para nós mesmos, com a ilusão de assegurarmos um futuro que não nos pertence.

E, assim, reencontrar a alegria do projeto que Deus colocou na criação e no nosso coração: o projeto de amar a Ele, aos nossos irmãos e ao mundo inteiro, encontrando neste amor a verdadeira felicidade.Queridos irmãos e irmãs, a “quaresma” do Filho de Deus consistiu em entrar no deserto da criação para fazê-la voltar a ser aquele jardim da comunhão com Deus que era antes do pecado das origens.

Que a nossa Quaresma seja percorrer o mesmo caminho, para levar a esperança de Cristo também à criação, que “será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus” (Rm 8, 21). Não deixemos que passe em vão este tempo favorável! Peçamos a Deus que nos ajude a realizar um caminho de verdadeira conversão. Abandonemos o egoísmo, o olhar fixo em nós mesmos, e voltemo-nos para a Páscoa de Jesus; façamo-nos próximos dos irmãos e irmãs em dificuldade, partilhando com eles os nossos bens espirituais e materiais. Assim, acolhendo na nossa vida concreta a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, atrairemos também sobre a criação a sua força transformadora.

Fonte: Folha Missionária - Março/2019 - Arquidiocese de Juiz de Fora