2º Domingo da Páscoa ou Domingo da Misericórdia Divina
Neste dia comemoramos o Domingo da Misericórdia ou 2º Domingo da Páscoa ou Domingo da Oitava da Páscoa. É também chamado de Domingo de Oitava da Páscoa, porque a Páscoa é comemorada durante oito dias como se fosse um dia só, tamanha é a alegria da Igreja pela ressurreição do Senhor.


” Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (Diário, 47).
Quero que essa Imagem (…) seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse Domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 49).
O conteúdo desta Imagem está intimamente ligado à Liturgia do segundo Domingo da Páscoa. Com efeito, o Evangelho desse Domingo narra a aparição de Jesus ressuscitado no Cenáculo e a instituição do Sacramento da Reconciliação (cf. Jo 20, 19-29). Esta união está ainda sublinhada pela Novena, com o Terço da Misericórdia Divina, começando na Sexta-Feira Santa.
A Imagem representa Jesus Ressuscitado trazendo a nós a paz pela remissão dos pecados, pelo preço da Sua Paixão e Morte na Cruz. Os raios do Sangue e da Água que brotam do Coração (invisível na Imagem), transpassado por uma lança, e as cicatrizes das chagas da crucifixão relembram os acontecimentos da Sexta-Feira Santa (Jo 19, 17-18. 33-37). A Imagem de Jesus Misericordioso une, então, estes dois acontecimentos evangélicos que mais plenamente falam sobre o amor de Deus para com o ser humano.
Essa Imagem, além de apresentar a Misericórdia Divina, constitui também um sinal para recordar o dever cristão da confiança em Deus misericordioso e de um amor concreto ao próximo.
Com providencial solicitude pastoral, acolhendo o desejo de fiéis do mundo inteiro de exaltar a Misericórdia Divina, e movido pela ternura do Pai das Misericórdias, o Santo Padre, o Papa João Paulo II estabeleceu que no Missal Romano, depois do título “Segundo Domingo da Páscoa”, fosse acrescentado “ou da Misericórdia Divina”.

Concede-se a Indulgência parcial ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas legitimamente aprovadas (Decreto “Misericors et miserator”, 5 de maio de 2000).
Doravante a celebração do “Domingo da Misericórdia Divina” terá a finalidade de inculcar no coração dos fiéis a confiança total na Misericórdia Divina.
Cristo encarna e personifica a Misericórdia Divina, pois a Encarnação do Verbo não é somente obra da caridade de Deus (cf. Jo 3, 16), mas também revelação máxima da Misericórdia Divina feita pessoa (cf. DM, 2).
O essencial do culto da Misericórdia de Deus consiste na atitude cristã de total confiança em Deus e no amor efetivo ao próximo. Mais do que muitas palavras devemos cultivar uma confiança inabalável em Deus misericordioso e tornar-nos cada vez mais misericordiosos e solidários, sobretudo para com os mais desprotegidos…
Se o amor é a essência e a natureza de Deus, também nós, imagens tão semelhantes de Deus, somos chamados a nos tornar misericordiosos como o Pai é misericordioso (cf. Lc 6, 36).
Por isso, a Misericórdia é a bem-aventurança do discípulo e discípula de Jesus: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7)
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