quinta-feira, 10 de março de 2016

Quinto Mandamento


"Deus é o autor da vida, é o criador do ser humano e só a ele cabe o direito e o poder de dar e tirar a vida" (Jó 12, 10)

A vida é o dom supremo oferecido por Deus ao ser humano. Só depois de existir, de estar vivo, é que se pode receber todos os demais dons, graças, bênçãos e a própria vida eterna.

Eis o espírito deste mandamento: amar e valorizar o dom da vida que se recebeu, e aquela que é vivida por todo ser humano, desde sua concepção até a eternidade.

A vida humana é sagrada porque encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida. Assim, ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de se destruir ou destruir outro ser humano.

Devemos considerar que a vida humana é eterna. Ela tem início no útero materno, é vivida por um período na terra, mas depois, a partir da morte, se projeta na eternidade. Portanto, quem a recebeu deve valorizá-la como um dom maior.

Este mandamento de amor à vida inclui: valorizar a vida, cuidar da saúde, curar enfermidades, defendê-la, não colocar-se em risco desnecessário, etc. Exclui: suicídio, homicídio, aborto, eutanásia, mutilações, maus tratos, violência, tortura física, moral, psicológica e espiritual, etc.

Desde a concepção a criança tem o direito à vida. O aborto é uma "prática infame" gravemente contrária à lei moral. O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador.

A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui também um assassinato.

O suicídio consciente é gravemente contrário à justiça, à esperança e à caridade, e proibido pelo quinto mandamento.

(Pe Alírio J. Pedrini, scj)

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