Sempre o mesmo, apesar de cada vez novo, apesar de cada vez único.
Coisas do tempo...
O tempo se gasta nas voltas, o tempo gosta das voltas: os dias vêm, os dias morrem e tornam a chegar, e as noites se interpôem entre os dias...
Assim também os anos: aparecem com seu frio, seu calor, seus frutos, suas flores e se vão e dão lugar a outro ano que segue o mesmo caminho...
Mas apesar de tudo, cada ano é novo, cada dia é novo.
Coisas do tempo...
Eu vivo no tempo!
E agora, de novo, é fim e começo, dezembro e janeiro...
Estou pronto para recomeçar!
Moro no tempo!
Mas o tempo não me parece definitivo. Anseio por um sempre-sem-tempo, onde tudo seja novo, sempre novo, apesar de ser o mesmo, sempre o mesmo!...
Coisas para além do tempo...
Mas agora, de novo, é fim e começo.
É que o futuro está vivo, remoçando cada passo!
É que o passado está vivo, falando de novo de cada passo!
É que o presente está vivo, lembrando o passado e colhendo o futuro!
É que o tempo está vivo!
Eu começo e recomeço até que um dia o tempo se vá (que ele se vai).
Até que um dia tudo se faça presente e eu me apresente com meu caminho ao sempre-agora, e o meu caminho penetre de vez o quanto busquei.
Coisas para além do tempo!...
(J. Thomaz Filho)
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