A Campanha da Fraternidade faz parte do calendário anual de nossas dioceses. Promovida pela CNBB, essa campanha procura inquietar a sociedade com reflexões sobre temas sociais, especialmente aqueles que prejudicam a vida fraterna. Em 2010, há uma particularidade: a Campanha outra vez será ecumênica – isto é, assumida, também, por outras Igrejas cristãs.
O tema escolhido para a CF2010 foi: “Economia e Vida”; e o lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Seu objetivo geral é unir as Igrejas cristãs e as pessoas de boa vontade na promoção de uma economia que esteja a serviço da vida, em vista da construção da paz. Seus objetivos específicos são denunciar a perversidade de um modelo econômico que visa ao lucro em primeiro lugar; educar para a prática de uma economia de solidariedade, valorizando a vida como o bem mais precioso; e conclamar as Igrejas e a sociedade para a implantação de um modelo econômico que respeite todas as pessoas.
Como se pode perceber, estamos diante de objetivos ousados. Mas como não ser ousado diante das injustiças que nascem de uma economia em que o lucro está em primeiro lugar e o ser humano não passa, muitas vezes, de um “produto”, útil apenas enquanto ajuda no crescimento dessa mesma economia? Como ficar indiferente diante de uma “máquina” econômica que gera desigualdade, miséria, fome e morte?
Realizada na Quaresma, a CF quer “acordar” a sociedade, motivando-a a uma profunda conversão. Afinal, a Vida é um valor mais importante que os interesses do mercado.
A palavra “economia” vem do grego e significa, literalmente, “a administração da casa”. Sua finalidade é a de providenciar tudo o que é necessário para a sobrevivência. Uma constante no pensamento social cristão é o caráter humano da economia, como atividade realizada por pessoas, devendo orientar-se a serviço delas – isto é, as pessoas são o centro e a razão de ser da vida econômica.
Há os que perguntarão: tem sentido as Igrejas cristãs tratarem de um tema como esse? Não haveria outros temas mais interessantes e urgentes, que seriam mais “religiosos”?
Tudo o que é importante para o ser humano é importante para o Evangelho. Por isso é que Jesus se preocupou não somente com temas ditos “religiosos”, mas também com a fome, com as doenças e as injustiças. Ao advertir que não podemos servir a Deus e ao dinheiro, Cristo deixou claro que as injustiças de nosso mundo têm como causas a ganância e o egoísmo. As injustiças crescem, pois, quando o dinheiro e o lucro se tornam “deuses”, as pessoas passam a reverenciá-los, devotando-lhes seu tempo e suas preocupações. Quem assim se comporta, deixa de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, pois passa a servir, em primeiro lugar, ao “deus” dinheiro.
Em síntese: a relação entre a fé e a vida é muito maior do que se imagina. Por isso, questões como justiça e solidariedade são constitutivas do anúncio do Evangelho – isto é, fazem parte integrante dele. Trabalhemos, então, para preservar a grande casa comum, o planeta Terra, planeta da vida e morada da família humana. Busquemos mudar a economia, dando-lhe um rosto humano. Saibamos agir motivados pelo desejo de servir ao Senhor. Servindo-o, além de lhe darmos o que Ele tem direito de receber de nós, suas criaturas, estaremos colaborando decisivamente para a construção de um mundo fraterno.
O tema escolhido para a CF2010 foi: “Economia e Vida”; e o lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Seu objetivo geral é unir as Igrejas cristãs e as pessoas de boa vontade na promoção de uma economia que esteja a serviço da vida, em vista da construção da paz. Seus objetivos específicos são denunciar a perversidade de um modelo econômico que visa ao lucro em primeiro lugar; educar para a prática de uma economia de solidariedade, valorizando a vida como o bem mais precioso; e conclamar as Igrejas e a sociedade para a implantação de um modelo econômico que respeite todas as pessoas.
Como se pode perceber, estamos diante de objetivos ousados. Mas como não ser ousado diante das injustiças que nascem de uma economia em que o lucro está em primeiro lugar e o ser humano não passa, muitas vezes, de um “produto”, útil apenas enquanto ajuda no crescimento dessa mesma economia? Como ficar indiferente diante de uma “máquina” econômica que gera desigualdade, miséria, fome e morte?
Realizada na Quaresma, a CF quer “acordar” a sociedade, motivando-a a uma profunda conversão. Afinal, a Vida é um valor mais importante que os interesses do mercado.
A palavra “economia” vem do grego e significa, literalmente, “a administração da casa”. Sua finalidade é a de providenciar tudo o que é necessário para a sobrevivência. Uma constante no pensamento social cristão é o caráter humano da economia, como atividade realizada por pessoas, devendo orientar-se a serviço delas – isto é, as pessoas são o centro e a razão de ser da vida econômica.
Há os que perguntarão: tem sentido as Igrejas cristãs tratarem de um tema como esse? Não haveria outros temas mais interessantes e urgentes, que seriam mais “religiosos”?
Tudo o que é importante para o ser humano é importante para o Evangelho. Por isso é que Jesus se preocupou não somente com temas ditos “religiosos”, mas também com a fome, com as doenças e as injustiças. Ao advertir que não podemos servir a Deus e ao dinheiro, Cristo deixou claro que as injustiças de nosso mundo têm como causas a ganância e o egoísmo. As injustiças crescem, pois, quando o dinheiro e o lucro se tornam “deuses”, as pessoas passam a reverenciá-los, devotando-lhes seu tempo e suas preocupações. Quem assim se comporta, deixa de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, pois passa a servir, em primeiro lugar, ao “deus” dinheiro.
Em síntese: a relação entre a fé e a vida é muito maior do que se imagina. Por isso, questões como justiça e solidariedade são constitutivas do anúncio do Evangelho – isto é, fazem parte integrante dele. Trabalhemos, então, para preservar a grande casa comum, o planeta Terra, planeta da vida e morada da família humana. Busquemos mudar a economia, dando-lhe um rosto humano. Saibamos agir motivados pelo desejo de servir ao Senhor. Servindo-o, além de lhe darmos o que Ele tem direito de receber de nós, suas criaturas, estaremos colaborando decisivamente para a construção de um mundo fraterno.
(Dom Murilo S.R. Krieger)
Fonte: Revista Mensageiro do Coração de Jesus - vol.116 - nº1278
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gostei de meditar sobre este texto ,
ResponderExcluirmuitos diriam realmente que haveria melhores assuntos que este , mas o nosso pai do céu gosta que tratemos de tudo ..
obrigada pela partilha ..
beijinhos .