segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A revelação da oração

 
O Catecismo da Igreja Católica diz que "o homem anda à procura de Deus". Mesmo depois do pecado, de se ter perdido a semelhança com Deus, o homem continua a ser imagem do seu Criador. "Mas é Deus que primeiro chama o homem". Muito embora o homem se esqueça do seu Criador, corra atrás de ídolos ou acuse a divindade de o ter abandonado, o Deus vivo e verdadeiro chama incansavelmente cada pessoa ao misterioso encontro da oração.

Na oração, é sempre o amor do Deus fiel a dar o primeiro passo; o passo do homem é sempre uma resposta.

Em meio a obscuridades, dificuldades e desvios, o homem tem procurado relacionar-se com o Deus verdadeiro. Nesse sentido, a oração se apresenta como o ato fundamental de todas as religiões.

No entanto, é Jesus quem revela e ensina, de maneira definitiva, a natureza da oração como encontro inefável com um Deus que se revela como Pai.

Eis porque o cristianismo é, por excelência, a religião da oração. A oração cristã é inteiramente nova: só nela encontra a comunhão filial com o Pai, pelo Filho, no Espírito Santo; e nenhuma outra é, como ela, manancial de salvação para todo o mundo.

A oração cristã é um mistério de graça. É obra de Deus em nós. A aprendizagem da oração consiste em nossa abertura, colaboração e entrega a essa graça da oração.

A oração é uma arte que deve ser aprendida. Para tanto, é necessário orar sempre, quer sintamos vontade ou não. Se não formos perseverantes não aprenderemos a orar. Por isso é tão prejudicial orar só quando se tem vontade, porque um dia essa vontade vai deixar de existir.

A verdadeira oração é um encontro com Deus. quando alguém insiste com Deus para ser acolhido na sua misericórdia, ele se deixa encontrar, pois Deus não resiste ao homem que o deseja com ardor. A principal razão de não encontrarmos Deus é que não o desejamos com ardor. Deus ainda não é tão essencial para nós como o ar que respiramos. Pense nisso!

(Pe. Francisco Sehnem, scj)

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